segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ninguem é sempre perfeito

No tempo em que ainda não havia luz eléctrica, mas pouco faltava, quem quisesse trabalhar ou ler depois do Sol posto alumiava-se com candeeiros de petróleo. Os mais pobres, sem dinheiro para o petróleo, usavam velas de sebo.
Era o caso do poeta da nossa história.
Estava ele, à noite, a escrever uns versos, iluminado apenas pela luz do luar e pela chama incerta de uma velinha a finar-se, quando uma nuvem interceptou a luz da Lua.
- Ai! - lamentou-se o poeta. - Não tarda que a vela acabe. Como vou eu conseguir terminar o poema?
Abriu a janela e gritou:
- Vento, se és meu amigo, afasta a nuvem, para que o luar volte a iluminar-me.
O vento terá ouvido o pedido e rodopiou numa súbita ventania. Tanta foi que soprou a vela do poeta. Ficou o pobre às escuras.
- Vento, tu não percebeste o que te pedi - irritou-se o poeta. - És um desastrado.
Do céu carregado de nuvens começou a cair uma valente chuvada.
- Pronto. Não precisas de chorar. Ninguém é sempre perfeito - disse o poeta ao vento.
Fechou a janela e, resignado, foi para a cama às apalpadelas. Ficou o poema em meio. Não se perdia grande coisa, que o poema valia pouco. Ninguém é sempre perfeito...
Do céu carregado de nuvens começou a cair uma valente chuvada.
- Pronto. Não precisas de chorar. Ninguém é sempre perfeito - disse o poeta ao vento.
Fechou a janela e, resignado, foi para a cama às apalpadelas. Ficou o poema em meio. Não se perdia grande coisa, que o poema valia pouco. Ninguém é sempre perfeito...

Bons amigos

O coelho e o macaco eram amigos, mas estavam sempre a atazanar-se um ao outro. Sei de outros casos parecidos...
O macaco via o coelho ao longe e começava logo, de pirraça:
- Coelho dentudo, peludo e orelhudo, focinho focinhudo, corpo barrigudo, pernas de canudo, rabo de veludo!
O coelho respondia-lhe, no mesmo tom:
- Olha o macaco macacão, olhos de sabão, miolos de algodão, cara de espantalho paspalhão.
Continuavam assim, que tempos, até chegarem ao pé um do outro. Depois, riam e davam grandes abraços.
A pregar partidas, o macaco era o mais atrevido.
De uma vez que o coelho estava a dormir, muito descansado, o macaco, pendurado de uma árvore, puxou-lhe as orelhas com toda a força.
O coelho acordou dorido e num grande sobressalto.
- Ai desculpa - disse o macaco, a fugir. - Andava a caçar borboletas e julguei que as tuas orelhas eram uma borboleta gigante.
De outra vez, estava o coelho a roer um cogumelo e o macaco gritou-lhe, fingindo um grande susto:
- Cuidado, não comas mais que estás a ficar com as orelhas azuis! Esse cogumelo há-de ser venenoso.
O coelho ficou apavorado. Foi a correr ao rio. Mirou-se e remirou-se.
Quando percebeu que era tudo mentira, desatou a perseguir o macaco, mas onde é que já ia!
- Não esperas pela pancada! - ameaçou-o, de longe.
Não esperou mesmo. Numa ocasião em que o macaco estava a dormir num galho, com a comprida cauda dependurada, o coelho muniu-se de um cacete e zás! Deu-lhe uma pancada, com toda a força, na cauda desenrolada.
A força do coelho não seria muita, mas o macaco, que gostava de exibir-se em grandes cenas teatrais, deu urros e saltos, como se lhe tivessem arrancado o rabo.
- Porque me fizeste isto, traidor? - gritava o macaco.
- Ai, desculpa - disse o coelho, muito inocente. - Julguei que era uma cobra.
Apesar destas peripécias e facécias, o macaco e o coelho continuam a ser bons amigos.

A ovelha generosa

Era uma ovelha muito generosa. Sabem o que é ser generoso? É gostar de dar, dar por prazer.
Pois esta ovelha era mesmo muito generosa. Dava lã.
Dava lã, quando lhe pediam.
Vinha uma velhinha e pedia-lhe um xailinho de lã para o Inverno. A ovelha dava.
Vinha uma menina e pedia-lhe um carapuço de lã para ir para à escola. A ovelha dava.
Vinha um rapaz e pedia-lhe um cachecol de lã para ir à bola. A ovelha dava.
Vinha uma senhora e pedia-lhe umas meias de lã para trazer por casa. A ovelha dava.
– Ó ovelha, não achas de mais? Xailes, carapuços, cachecóis, meias... É só dar, dar...
– Não se ralem – respondia a ovelha. – Vocês não aprenderam na escola que a vaca dá leite e a ovelha dá lã?
É o que eu estou a fazer.
Apareceu a Dona Carlota, afadigada:
– Eu só queria um novelozinho para fazer um saco para a botija. Ainda chega?
Pois claro que chegava. A ovelha a dar nunca se cansava.
Veio a Dona Firmina, muito preocupada:
– Eu só queria um novelozinho para uma pega para a cozinha. Ainda chega?
Pois claro que chegava. A ovelha a dar nunca se cansava.
Veio a Dona Alda, muito atarantada:
– Eu só queria um novelozinho para acabar uma manta.
Ainda chega?
Pois claro que chegava. A ovelha a dar nunca se cansa.
E eram coletes, camisolas, golas, golinhas, luvas... que a gente até estranhava que a lã se lhe não acabasse. A ovelha
sorria e tranquilizava:
– Não acaba. Nunca acaba. Conhecem aquele ditado:
"Quem dá por bem, muito lhe cresce também"? Pois é o que eu faço.
E a ovelha generosa lá foi atender uma avó, que precisava de um novelo para um casaquinho de bebé, o seu primeiro neto que estava para nascer...

O boné

O senhor Alípio foi comprar um boné. O que usava já tinha perdido a cor de tanto sol e tanta chuva que apanhara. O senhor Alípio trabalhava ao ar livre, nas obras, é preciso que se saiba.
- Quero um boné com pala - pediu o senhor Alípio, quando chegou à loja.
O caixeiro da loja terá pensado que todos os bonés têm pala. Sem pala, só boinas. Ou barretes. Mas não comentou.
- Que tal um destes azuis, acabados de chegar da fábrica? - Perguntou o caixeiro.
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou.
- E este, com quadradinhos castanhos?
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou.
- E este verde escuro?
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou
- E este às risquinhas encarnadas?
O senhor Alípio provou, viu-se ao espelho e não gostou.
O caixeiro começava a achar que aquele freguês não era fácil de contentar. Sobre o balcão, um monte de bonés abandonados... O senhor Alípio já se dispunha a sair em cabelo, muito desconsolado, se não tivesse visto, no meio dos bonés rejeitados, um que lhe chamou a atenção.
Provou-o, viu-se ao espelho e gostou:
- Levo este.
- Mas é o que o senhor trazia na cabeça, quando entrou na loja - disse-lhe o desolado caixeiro.
- Ai, é? Levo na mesma - e saiu da loja, muito satisfeito, com um boné ou cinzento deslavado ou castanho ruço ou antes assim-assim.

Epocas Festivas


Ano Novo


Carnaval


S. Valentim




Dia do pai


Dia da mãe


Dia da Criança


Pascoa


Aniversario (menina)


 Aniversario (menino)


 Dia das Bruxas




Natal 1



 Natal 2

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

grafismos

 Grafismo indicado para cianças com 2 anos



Grafismo indicado para crianças com 3 anos






Grafismo indicado para crianças com 3 anos




Grafismo indicado para crianças com 5 anos